Thursday, February 23, 2006

Eu não consigo parar!!!!!!!!


Pensamentos sutis, vem e vão...estou muito bem.
...
Sem perspectivas. Sentado num banco desolado de uma praça desolada numa noite desolada e um pouco deserta. Carros, bares, pizzarias, alguns amigos para alguns minutos, então, calçadas. Calçadas. Os pensamentos totalmente derrotados, impossibilitados de se reerguerem. Cansaço e dor de cabeça. Hoje é passado. O clima é uma mistura ardente de calor e frio. Algo como um presságio estranho. Passa apressada atravessando a calçada, com os olhos no nada e a pele de fada. Buzinas. Velhos amigos que perderam o contato...agora freqüentam lugares diferentes. O salão da sinuca. O barulho seco das bolas batendo umas nas outras, estalando. Pessoas curvadas sobre as mesas, com tacos em riste. Fico triste. O ar me sufoca. O lugar velho, tão velho quanto os velhos que foram expulsos de lá pela garotada. Buzinas do lado de fora. Sexta-Feira. Os pensamentos foram abandonados, os sentimentos também, os momentos e os tormentos. Cheiro de fritura e comida japonesa. Cheiro de faculdade. Bolas coloridas que anunciam a impossibilidade de qualquer reação. Bolas que são poemas, poemas que falam de morte e dor, e ilusão. AQUI ENTRAM AQUELES QUE PERDERAM ( Possuem) AS ESPERANÇAS. Dante. A vida fervilha e isso me dá vontade de chorar. Melhor mudar o tom antes que vocês comecem a me chamar de niilista, gótico, pessimista, dark e todos esses termos que tanto me irritam. As pessoas se apaixonando por mim por causa das coisas que escrevo. Os números telefônicos me escapam da cabeça. Bancos de cimento contornando a praça. Resolvo me sentar, embora não tenha muita certeza de nada. A noite vai acabar e outra vai começar. O barulho das bolas de sinuca, o som de suas pegadas apressadas nas calçadas, o telefonema, o último ônibus partindo, o cara novo, e tudo de novo.













Tah bom, foto plagiada rsss ...descontos vai, não faltou criatividade
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Eu sinto medo, embora eu não tenha muita certeza de nada.
Eu economizei minhas energias embora eu não sabia exatamente para o que. È, eu tenho essa mania estúpida as vezes de economizar coisas sem saber exatamente para o que.
Começo de noite, sairemos para nos distrair, não, talvez eu saia sozinho, preciso continuar observando a vida...e talvez as pessoas também, Não, não sou um espião, apenas um observador, aquele que observa o tempo, as coisas e cria o abstrato, eu gosto dele, quem?...Preciso sair essa noite e encontrar alguém que também goste do abstrato, ele da sentido a muita coisa.
Luzes amarelas, brancas, vermelhas às vezes a cidade se torna um arco íris de cores desbotadas, barulhos de cirenes, talvez bombeiros...A minha vizinha queimou os ovos está manha, não, talvez uma ambulância, mais uma vida que se vai, não sei de nada ao certo, mas sei sobre o que meus ouvidos me dizem, o que meus olhos vêem e minha alma sente.
Oh isso não foi comovente! foda-se, a noite começa inevitavelmente tensa e densa para alguns e energicamente espetacular para outros, ela passou com o olhar parado ao nada, sem perspectivas para aquela noite, isso foi notável para um observador como eu, sem nome, sem porque, se introduziu a minha frente e se foi...Como um vento? Oh sem metáforas, embora eu também goste delas.
Água, suco e cerveja, sim, as pessoas transpiram álcool e se sentem mais aliviadas, a noite chega a um ponto interessante, o meio, as coisas começam a acontecer ai, amigos para alguns minutos, embora eu não tenha visto quase nada fora do normal, Ohh alguém bebeu de mais esta noite, será que se sente mais aliviada? Não sei, quem sabe...
Acho que esta na hora... Hora de que? Tentar dormir...Eu observo as pessoas indo e vindo e isso me causa uma sensação de vazio inexplicável, e eu me pergunto, o que eu fiz? Talvez eu tenha feito de mais ou talvez eu não tenha feito nada.
Já é tarde, e eu preciso ir pra casa, eu irei morar sozinho e isso me causa arrepios...
Busca a vida na janela, faz barulho como o vento embora ele pareça triste as vezes...essa noite eu criei um começo, um meio, e um FIM.

È tudo tão globalizado e (in) casual.


A garota que não se casou por causa dos seus pais, o sonho na mente do garoto da segunda fileira do ônibus que se perdeu, o grande momento que não aconteceu porque as pessoas andam sempre atrasadas e com pressa, o cara sentado na beira do asfalto, sozinho, excluso por ser julgado inteligente de mais para falar de bebidas e cigarros e todas as outras coisas, a menina dançando sozinha no quarto com medo de ter de dançar a mesma musica, novamente e sozinha...O amigo que foi embora e não da mais noticias porque um dia se irritou com a espinha que se amarelou na testa do seu melhor amigo, As pessoas indo e vindo com aquela mesma sensação de vazio, por mais um dia que acordaram para um trabalho que as coroe por dentro, para olhar para aquelas pessoas que as dilacera por dentro, pra fazer coisas que não querem fazer...O dia que acabou antes mesmo de começar, a noite chegando sem aviso algum. O filme que imita a vida e a vida que imita o filme, sem final feliz! Tudo ensaiado, o telefonema, o sorriso, as pessoas indo e vindo, e cena se repete no dia seguinte, próximo TAKE é deixar o EU para os poetas, os escritores, os contadores de História, a cena se repete, o telefonema que não tocou, as mesmas perguntas, as mesmas respostas, o dia que acabou e a chuva que não molhou...Casualmente a riqueza dos detalhes foi esquecida, vivenciando o global, presenciado pelos observadores que se enriquecem por aquilo que foi esquecido.

Obrigado a copyright por ceder mais uma foto sem permissão rss

André!!!