Thursday, December 23, 2010

Uma noite perfeita, um amor que se perdeu, uma manha mal amanhecida...

Desfilando o amor noite a fora, somos o sonho dos que agora dormem, demasiado perfeito aos olhos de um amante, perfeito e profundo como um poço de bons sonhos e agua prazerosa, mas acaba-se o amor, escandaloso, desastrado, repentino, mas se acabado, para onde vai o amor? Retira-se ele, o amor, para outro mundo?
Se não vai embora, o que se torna ele?
Apenas retira-se de cena, dramaturgo da dor!
Torna-se noites mal dormidas, adormecidas sobre versos melancólicos, poesia de ninguém, um beco sem saída!
Somos um abraço jogado fora.
O amor é um convite a tristeza de alguém!

André Sant.

Tuesday, December 14, 2010

55 kilos de covardia, certezas e incertezas.

Encontre-me em meio a uma confusão, não espere me encontrar no trabalho batendo cartão, cumprindo horários, sou um homem moderno, mas mantenho meus versos singelos, ainda acredito na vida, vivida!
Estou levando tudo de mim, para não ter razão para voltar, vou passar pro lado de lá, vou pro meu lugar, é um dom perder-se sem razão, ás vezes se perder sem por que, saber por si mudar de tom.
De tanto eu te falar, você fez de mim razão, para se perder no abismo que é pensar em sentir.
Deixa-me pensar que enquanto eu falava você ouvia, porque sei que não foi assim, então me deixa fingir.
Como você fingi, que sabe achar o teu lugar, que exibi a frente um coração que não divide com ninguém, trabalhando feito uma artesã a imagem de uma mulher de bem, que sabe seguir sem precisar de aprovação, que sempre acha seu caminho sem que alguém aponte a direção.
Mas a vida é curta, e eu pensei, que talvez essa seja a maneira, para não se perder o que tem.
Infeliz covarde! A todas as putas e santas de todas as noites, que o vento leva o que já não sei mais, o estrago que a vida faz, a vida é curta de mais para se ver, sinto que é como sonhar, e a vontade de tentar lembrar, é a maneira de tentar esquecer.

André Sant.