Saturday, October 23, 2010

Matei todos os carneirinhos... ( risos )

O que me assusta é que ainda consigo manter o bom humor.
Tenho pensado em aniquilar de vez o hábito de (tentar) dormir a noite, porque simplesmente não durmo! Eu gostava tanto dos filmes de vampiros quando eu era mais novo que acho que me tornei um.
São 4:09 da manhã, e eu aqui, querendo ligar pra alguém, conversar, fazer uma música.
O vampiro que passa as noites tocando, escrevendo, pensando... que conversa com as folhas de papel, amareladas pelo tempo, tiradas da pilha de cadernos e livros dos tempos de escola.
O anormal! Que não dorme, amante das noites intermináveis, insaciável!
Volto para Europa em breve, deveria estar aproveitando minhas longas férias dormindo muito, mas o problema não é a rotina, e sim o mundo que gira para um lado e eu para o outro.
O errado que sempre da certo, talvez eu consiga gravar outro clipe em Londres, talvez eu consiga contrato com uma gravadora ou talvez eu me torne apenas um trabalhador e consumidor broxa como a maioria de vocês, com um bom cargo numa grande empresa, pensando que estou fazendo algo por mim, mas morrendo na fila como a maioria de vocês, abarrotado de sonhos em uma vida linda e longamente não vivida.
Vou mudar o tom e ir tentar dormir, antes que comecem a me chamar de dark, pessimista e tantos outros termos pejorativos que tanto me irritam, principalmente vindo dos desavisados.

André Sant.

Saturday, October 16, 2010

O mundo que pertence a vocês!

Sentado, em baixo de uma arvore a balançar suavemente de um lado para o outro, percebo, de perto e ao longe, todos aqueles que me estenderam a mão e recolheram em seguida, morreram estonteados ao perceber que eu não precisara de ajuda alguma, apenas quis fazer amizades.
E agora que me retiro de cena, eles olham-se uns aos outros no espelho, e o reflexo não mente, o mundo em que vivem é um palco, e a vida deles, essas cenas repetitivas, essa peça sem graça, sem começo, meio ou fim, apenas essa competição barata pra chegar até a sede do poder, a sede do poder é o palco jovens atores e atrizes, onde vocês barateiam o que entendem como vida, no fundo sem principio e sem porque, destruindo os próprios sonhos, monstros famintos por nada, usando suas frágeis máscaras, com medo de assumir quem realmente são.
O mundo de vocês, monstro de energia, sede de poder e nada mais.

André Sant.

Saturday, October 09, 2010

Ophelia amou-me durante quinze meses e onze contos de reis, nada mais, nada menos.

Ela tenta insulta-lo chamando-o de burro por não ter um certificado de cavalos, porém ele vive nas montanhas por ser um lobo. Como seria viver trancado com cavalos inferiores e superiores nas cocheiras? Ophelia nunca soube a real intensidade do meu amor. – Mas então quem é que está doido?
Sobre essas coisas e muito mais, tem ele certeza, de que não participa de corridas de cavalos, bois, aves, insetos e adjacentes.
Ele não gosta de ver correr cavalos, nem touros, ele gosta de ver correr o tempo e as coisas, só isso, às vezes corre também atrás da sorte grande.
No fundo não se importa por àqueles que torcem fervorosamente a favor como se ele fosse um time, ou por àqueles que o querem enterrado a 14 palmos ao fundo da terra.
Talvez por isso, cabe a ele também o poema que Drummond de Andrade dirigi a Machado de Assis:
“Olhas para a guerra, o murro, a facada
Como uma simples quebra da monotonia Universal”
Muitas vezes tendo isso como um espetáculo tedioso, nada que descanse a alma ou a vista, tédio por dentro e por fora.
A única vertiginosa exceção, torrencial da vida, as aventuras! Sim, AVENTURAS. È isso que são para ele! Antes cair das nuvens do que de um terceiro andar, não é mesmo querida?
Por isso muitas vezes ele começa algo imaginando como irá terminar.
Muitas coisas nascem de outras, enroscam-se, desatam-se, confunde-se, perdem-se, e o tempo vai andando sem se perder a si.
E num mundo em que nada é absoluto, não se justifica amar nem odiar, talvez só amar, porque no fundo só restam a indiferença, o ceticismo e, às vezes, a lembrança do passado.
Pra terminar ele vai com Aristóteles, no capítulo dos chapéus. O melhor chapéu é o que vai bem à cabeça, este por hora, não vai mal.
E ainda, ele classifica esse texto, como um texto perecível, de interesse restrito no tempo, pois desgasta-se assim que termina a ocorrência que lhe deu origem.
Obs: A musica, poesia, livros, viagem, arte, me encantam. Acho que sou uma pessoa normal! Com gostos também diria politicamente incorretos, excêntricos como: boxe, artes marciais, etc. Eu diria que pessoas enxergam em mim exatamente o que elas querem enxergar, mas no fundo apenas me considero, um ser humano sensível e inteligente, com a alma de um palhaço romântico, que vive com intensidade, mas fazendo-se rir até mesmo do inferno e do próprio Diabo.

André Sant.