Tuesday, February 27, 2007

Luzes da Distração!

Sinto o tempo escorrer entre as luzes da distração
E mais um dia que se foi
E mais um que irá começar
Agora estou sozinho
O vazio, imenso vazio sorri em meio à multidão sem cor
Eu ajeito a gola do meu casaco e sigo em frente
Com a certeza de que perdi alguém que não voltará mais
Isso me suplica o peso da sanidade
Às vezes queremos sonhar quando estamos acordados e às vezes desejamos acordar quando estamos sonhando
Caminhando e observando vejo que há mais luzes se apagando
Pessoas andando sem destino
Com semblante pesado
Cabeça baixa
Preocupadas em perder aquilo que ganharam
Tomando sono em caixinhas de remédio
Adiando ações e velando pensamentos mútuos
Sentir-se só não é estar só e sim perder as pessoas que amamos
Explosões, estrelas surgindo a milhões de quilômetros dos meus olhos
Outras se apagando e sumindo diante a imensidão
Penso nos que se foram e observo o céu diante a noite que fervilha em variadas formas e perspectivas insinuantes
O vazio do céu me traz um certo conforto assim como a imensidão do mar
No fundo eu já sabia que algumas coisas não mudam
E estar só é quase sempre estar vazio
O tempo que é gasto sem ter valor é valioso de mais para desperdiçar!
E continuo procurando os grãos de areia
Areia que escorre, e a cada grão que se cai, eu tenho mais certeza que estar só é perder quem amamos.