Tuesday, June 08, 2010

O Cravo e a Rosa envenenada.

O cravo tinha voltado de uma grande e longa viagem, feliz da vida, tivera grandes e inusitadas experiências, ele adorava viajar, ônibus, trem, navio, avião, há! Quão feliz ele estava, quase sempre rodeado de belas Rosas, até que resolveu regressar para sua terra natal, sem motivos para se preocupar ele então regressou!
A festa continuava, de bar em bar o Cravo ia e se divertia, conversava com os Cravos amigos, relaxava, viajava, conhecia novas Rosas sem maiores preocupações.
Um dia então, por sua infelicidade ou não, uma Rosa parou em frente ao teu quintal, a primeira vista uma Rosa normal, não era a mais bonita que conhecera, se cumprimentaram e nada mais, dias depois a Rosa apareceu de novo, e novamente, e cada vez mais freqüente, então ela começou a despertar algo no Cravo, ele começou a se interessar por aquela Rosa que apesar de não ser a mais bonita, tinha uma beleza diferente por dentro, ele não entendia do que se tratava essa beleza, mas percebia, com o passar dos dias! A Rosa disse ter um namorado que estava ausente (Estava na Alemanha a trabalho), o Cravo logo passou a olhá-la diferente, não queria prejudicar ninguém, porém a aquela altura era difícil olha-la com outros olhos, sim, o Cravo a desejava!
A Rosa então continuou a procurar o Cravo, e o convidou para sair, dançou, pegou na mão do cravo, o Cravo nessa hora meio desnorteado, disse: - Eu sei que você tem namorado, mas eu sou só um Cravo!
A Rosa então se aproximou do Cravo e o beijou.
Os dias se passaram e ela disse, - já não tenho mais nada com meu namorado e espero ele regressar para resolver minha situação, mas já não o quero mais, dizia ela: - Não quero ser infeliz na cama, não é a pessoa que quero pro resto da minha vida, eu o amei, mas acabou!
O Cravo então começou a freqüentar o apartamento em que a Rosa vivia com seu namorado, as coisas se intensificaram, eles faziam amor na sala, no quarto, se entregavam um ao outro, sem medo!
O cravo pensava muito no que estava sentindo pela Rosa, no começo nada de mais, mas naquele momento havia se tornado tesão, carinho, paixão, agora ele tinha certeza que alguma coisa havia naquela Rosa, mas ainda não sabia o que era, pensava também no namorado, era errado, um tipo de, talvez, amor proibido, o Cravo realmente não queria machucar ninguém!
O Cravo tinha toda paciência com a Rosa, sabia esperar, respeitar, a Rosa passou a demonstrar que gostava do Cravo a cada dia que se passava, dizia ela: - Fiz a escolha certa!
A Rosa então se mudou, foi morar sozinha, e lá com ela sempre o Cravo estava, bebiam, conversavam, faziam amor e dormiam abraçados, como casais, pareciam perfeitos, sabiam que algo neles combinava.
O namorado havia regressado, dizia a Rosa: - Ele voltou sabendo de tudo, acabou entre eu e ele!
Então o Cravo se sentiu livre para se aproximar cada vez mais da Rosa, cada vez mais demonstrar teu carinho, mas a Rosa, às vezes parecia preocupada, em publico tratava o Cravo como simples amigo e em sua casa o amava!
O Cravo desde então começou a perceber que havia algo errado, a Rosa as vezes dizia estar em um lugar e não estava, dali em diante o Cravo observava muitas vezes calado o desabrochar da Rosa, naquela intensidade até mesmo rezava pelos cantos para estar errado, mas dia após dias ficava claro, a Rosa estava diferente, devagar foi descobrindo que a Rosa compartilhava da mesma cama com o Cravo e o namorado traído. O Cravo então percebeu o que havia naquela Rosa, sua beleza interior tratava-se de um tipo de veneno, era uma Rosa envenenada, mas cujo veneno era doce, porém com o tempo se tornaria letal. O Cravo no fundo se entristece por ver o veneno envenenar a ela mesma, e por saber que nunca mais irá provar daquele veneno.
Embora o Cravo sinta falta da Rosa ele sabe, aquele veneno cedo ou tarde o mataria!

A Rosa: Ela.
O Cravo: Eu
O Namorado: Ele.

André.